11 de agosto de 2005
CONTRASENSO
CONTRASENSO: "Pois. Lá estavam eles, branquelos, a esfregar creme, suavemente, sobre os ombros e sobre as costas. Sentadinhos à sombra das palhotas de esparto, liam os jornais do dia. Um, que já foi líder do partido que agora se opõe, talvez lesse um suplemento do Notícias, um daqueles que falam das férias, das praias do Algarve onde se brozeiam os próximos candidatos presidenciais. O outro, uma espécie de dom Sebastião do mesmo partido, homem de finanças que sabe o que quer para a nação, lia o Público, a última página, talvez a coluna do Vasco Pulido Valente a cascar no Sócrates, mais ou menos a única coisa que ele sabe fazer. Estavam ali os dois na proximidade geográfica das dunas. Mas nunca uma proximidade foi tão longínqua."
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